Covid, dengue e baixa umidade do ar deixam o DF em alerta

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Estatísticas mostram que a Covid-19 está subindo no Distrito Federal. A Dengue está com alta incidência em todas as regiões administrativas e com o vírus tipo DenV-1, circulando em maior proporção.  O tempo seco e frio do DF faz a umidade relativa do ar ficar abaixo de 30%, causando inúmeros problemas de saúde.

A pandemia do novo coronavírus, o surto de Dengue e a baixa umidade do ar preocupam as autoridades de saúde e deixam a população de Brasília em alerta constante.

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Baixa Umidade do ar prejudica saúde dos brasilienses

Brasília está em situação de calamidade pública desde o dia 29 de junho, por causa da pandemia do novo coronavírus. A condição declarada pelo governador Ibaneis Rocha foi seguida pelo governo federal no dia 1º de Julho. Segundo o Ministério da Saúde o Distrito Federal está em alerta vermelho.

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Estatísticas mostram como está a Covid-19 no DF

O Distrito Federal alcançou, nesta terça-feira (28/7), a marca de 100 mil infectados pela covid-19. Brasília teve 52 novas mortes. Número é o maior registrado em 24h desde início da pandemia. Desse total, 83.310 se recuperaram. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF.

Ceilândia é a região com maior número de casos, são 12.626 infectados; seguida do Plano Piloto, com 7.961; Taguatinga, com 7.162; e Samambaia, com 6.496. Pesquisadores e autoridades sanitárias do Distrito Federal afirmam que a capital enfrenta o pico de casos e está próxima de uma estabilização – o chamado platô.

O Brasil registrou o primeiro caso do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença covid-19, no dia 26 de fevereiro. Daquele data até hoje o pais perdeu 88.634 vidas para a Covid-19 e já foram infectados 2.484.649 brasileiros com o novo coronavírus. Recuperados totalizam 1.721.560.

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Paciente de Covid-19 curada no Distrito Federal

Precisamos continuar nos cuidando e protegendo os outros para frear a propagação do vírus. A prevenção contra a transmissão do novo coronavírus exige cuidados simples no dia a dia, como a forma correta de lavar as mãos e de superfícies, espirrar e tossir, manter o distanciamento físico e usar máscara sempre que for sair de casa.

A higienização das mãos e das superfícies podem ser feita com água e sabão ou álcool gel, mas nunca apenas com água.

Segundo a OMS a contaminação se dá através de gotículas [que saem da pessoa infectada por meio de tosse, espirro e fala], o vírus pode estar em qualquer superfície: em maçanetas, mesas, bancadas. Você pode tocar nessas superfícies, contaminar a mão, e depois tocar rosto, boca e olhos, que são portas abertas para o vírus entrar no organismo.

Além das mãos, também é recomendável limpar com desinfetantes superfícies que possam estar infectadas e se manter a uma distância mínima de um metro de pessoas que estejam espirrando ou tossindo.

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Sanitização  para evitar proliferação do novo coronavírus e do Aedes aegypti

A Dengue é outra preocupação das autoridades de saúde. O GDF vem combatendo o Aedes aegypti por meio do Sanear Dengue. No entanto, mesmo com todo o esforço dos agentes de Vigilância Ambiental e de outros órgãos do governo do DF que participam dos trabalhos diariamente, é preciso que façamos a nossa parte para que o mosquito seja vencido.

Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, mostra que o Distrito Federal está com alta incidência de Dengue. O Distrito Federal registrou 42.741 casos prováveis de dengue entre 29 de dezembro de 2019 e 11 de julho de 2020. Até o último levantamento, o número de mortes chegava a 39 na capital do país. Entre as notificações, há 63 pacientes com casos graves de dengue, e 623 “com sinais de alarme”. São esses os casos que levam ao óbito. Os dados constam no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF, divulgado na sexta-feira (24).

Ceilândia lidera com 4.889 casos. Em seguida está o Gama, com 4.596 registros e 10 óbitos. Por causa do aumento de casos e mortes a cidade do Gama recebeu na última semana um reforço nas vistorias de imóveis. A medida é uma das ações de prevenção aos focos do mosquito Aedes Aegypti – que, além da dengue, transmite chikungunya e zika. Fiscais estiveram em 1.180 imóveis, contabilizando um total de 6.499 depósitos de água.

A ação de fiscalização faz parte do programa Sanear Dengue, da Secretaria de Saúde, que já esteve em outras regiões do Distrito Federal. Ceilândia também já recebeu mutirão neste mês de julho.

O GDF continua com tolerância zero contra o mosquito Aedes aegypti e trabalha com ações de rotina, todos os dias e em todas as Regiões Administrativas, e com ações focais. O Sanear Dengue também faz o recolhimento de inservíveis, lixo, carcaças de carros, aplicação de UBV pesado (fumacê) móvel e intercostal, colocando armadilhas para captura do mosquito e tratamento de reservatórios com larvas. Além dos órgãos do GDF como Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros e Administração Regional, a Secretaria de Saúde conta com apoio de militares do Exército.

Dengue é uma doença febril grave transmitida pelo Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. Por isso é importante evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou grave. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para o correto diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão.

A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depois de 10 dias. A principal complicação é o choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco.

O diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. É confirmado com exames laboratoriais de sorologia, de biologia molecular e de isolamento viral, ou confirmado com teste rápido (usado para triagem). A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR, isolamento viral e teste rápido. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença, a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.

Estão entre as formas de tratamento: fazer repouso; ingerir bastante líquido (água); não tomar medicamentos por conta própria; a hidratação pode ser por via oral (ingestação de líquidos pela boca) ou por via intravenosa (com uso de soro, por exemplo); o tratamento é feito de forma sintomática, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso.

Como prevenir a dengue? Veja as dicas para combater a proliferação do mosquito 

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A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, poças de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos.

Os mosquitos são mais ativos no inicio da manhã e no final da tarde. A dica é usar roupas de cores claras, usar repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos. Manter a higiene dos locais e evitar a água parada é a melhor forma, por isso é fundamental e essencial a participação consciente e diária de toda a população.

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Baixa Umidade do ar prejudica saúde dos brasilienses

O Distrito Federal completa 72 dias sem chuva nesta terça-feira. O último registro de chuva em Brasília este ano, segundo o Instituto de Meteorologia, foi no dia 17 de maio. A previsão é de que só volte a chover em setembro.

Ontem  a  umidade relativa do ar ficou em 25%. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu “alerta amarelo” para a capital, entre 12h e 18h.

O alerta amarelo corresponde a “perigo potencial”. É o primeiro de uma lista seguida pelo alerta laranja, que representa perigo, e vermelho – grande perigo. Para esta segunda-feira a umidade também estará abaixo dos índices recomendados como satisfatórios pelas autoridades de saúde.

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tempo seco e quente no DF provoca queimadas

Segundo a Organização Mundial de Saúde a baixa umidade é considerada preocupante, porque podem provocar a desidratação, mal-estar, dificuldade de respiração, ressecamento de mucosas.

Além do mais, o tempo seco deixa a natureza vulnerável às queimadas. Mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).