Vacina contra Covid-19 começa ser testada em Brasília

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A Universidade de Brasília iniciou nesta quarta-feira, Dia Nacional da Saúde, os testes da vacina imunizante contra a Covid-19. O primeiro voluntário do Distrito Federal a receber uma dose da vacina é o médico Gabriel Ravazzi, de 31 anos. Ele é o clínico geral e gastroenterologista do Hospital Universitário de Brasília e trabalha com pacientes que precisam de terapia intensiva.

O médico diz estar contente por participar da pesquisa. “É gratificante poder contribuir com a ciência na busca da solução para essa doença que tem atingido todo mundo e trouxe tantos impactos sociais, culturais, financeiros e econômicos.Eu acho que a gente tem um caminho ainda a percorrer, mas temos uma luz no fim do túnel para poder superar isso”, disse o médico Gabriel Ravazzi.

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O médico Gabriel Ravazzi é o primeiro voluntário a receber a vacina CoronaVac

Além dele, participam deste estudo-teste, coordenado pelo infectologista Gustavo Romero, outros quatro profissionais da saúde que atuam no atendimento de infectados, mas ainda não tiveram a doença causada pelo novo coronavírus. O imunizante com carga inativada será aplicado em duas doses, com intervalo de 14 dias, em até 850 profissionais de saúde voluntários. Nesta semana, 10 pessoas recebem as doses e nenhum saberá se é a vacina ou o placebo.

A vacina contra o novo coronavírus (SARS-Cov-2) testada em Brasília foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. O Hospital Universitário de Brasília é um dos 12 centros no Brasil que participam da fase três do ensaio clínico nacional, coordenado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Segundo o Hospital Universitário de Brasília, os resultados apresentados na fase dois de desenvolvimento “foram considerados promissores e demonstraram a produção de anticorpos neutralizantes em 90% dos participantes que receberam a imunização”.

A equipe multiprofissional da UnB e HUB que desenvolve a pesquisa é integrada por 25 pessoas e acompanhará 850 voluntários. O Hospital Universitário de Brasília preparou uma infraestrutura de acolhimento para o desenvolvimento do projeto de acordo com as normas nacionais e internacionais de boas práticas em pesquisa clínica.

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Infectologista Gustavo Romero, coordenador do ensaio clínico da vacina contra o coronavírus no Distrito Federal

Dr. Gustavo Romero está otimista e espera que os resultados saiam da maneira mais segura possível. “O que a gente espera, do compromisso que estamos assumindo, é fazer o estudo o mais rapidamente possível, para ter o resultado e para que a solução apareça para a população”, afirma Gustavo Romero.

Neste Dia Nacional da Saúde vamos render nossas homenagens ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, que contribuiu com o desenvolvimento científico como ferramentas para o cuidado da população, principalmente com as vacinas.

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Sanitarista Oswaldo Cruz

O médico implementou um modelo francês de produção de soros e vacinas, na década de 1910. Os produtos desenvolvidos levaram, à época, à erradicação de doenças, como a varíola, no Rio de Janeiro, e à diminuição de surtos, como de malária e febre amarela.

Além de suas preocupações com desenvolvimento científico, o médico Oswaldo Cruz empenhava-se em conhecer as condições de saúde da população brasileira para poder elaborar políticas que atendessem a população na totalidade de seus problemas.

Em 2020, o legado de Oswaldo Cruz para ciência e saúde pública se faz ainda mais importantes. A saúde é essencial ainda mais em momentos como esse. Vamos cuidar mais do nosso organismo com práticas saudáveis de vida.

Fotos: Francisco Willian Saldanha/ HUB