101 dias sem chuva: a estética da estiagem em Brasília

A região central do país está sob influência de uma massa de ar seco e quente. O fenômeno faz temperaturas subirem e a umidade cair. Segundo o Inmet a umidade varia entre 30% e 20% e a temperatura fica acima de 30ºC. a partir do meio dia. A previsão é que a semana deve continuar assim em estado de alerta de perigo potencial de baixa umidade.

Brasília completa nesta quinta-feira 101 dias sem chuva. A última foi no dia 25 de maio, quando iniciou a estiagem. O brasiliense sente na pele os efeitos destes mais de cem dias de estiagem. Segundo o Inmet, setembro costuma ter a umidade mais baixa do ano, por ser um período de transição, com a chegada da primavera, no próximo dia 22.

A natureza, com toda a sua sabedoria, consegue se adaptar ao clima seco e quente, e dá espetáculo ao amanhecer e ao entardecer. Esta estética da estiagem tem explicação científica.

A névoa seca que cobre Brasília todas as manhãs é resultado pela ação dos ventos, que sopram poeira ou fuligem de queimadas, causando acúmulo dessas substâncias na atmosfera.

O belo pôr do sol dos últimos dias tem a coloração diretamente ligada ao nível de poluição do ar. Segundo os meteorologistas “Quanto mais vermelho ou laranja é o pôr do sol, mais suja está atmosfera”.

A natureza e o lugar que habitamos proporcionam âmbitos da experiência estética. A relação meio ambiente com as pessoas é muito revigorante e alegre. Setembro está aí e a boa nova são os ipês amarelos que dão o tom desta estética maravilhosa. O amarelo é o Sol da primavera, estação das flores e da esperança que vai iluminar a janela do nosso peito para enfrentarmos as turbulências da natureza e as incertezas do coronavírus. A fé é o ingrediente que não pode faltar nas nossas vidas.
O Distrito Federal está em estado de alerta pela estiagem e pela baixa umidade do ar e de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde a população deve redobrar os cuidados neste período.


Segundo a classificação da OMS, o índice de umidade relativa do ar ideal é acima de 60%. Com percentuais mais baixos, a população deve se hidratar bastante para amenizar os efeitos da estiagem. Outro problema é o ambiental: nesta época do ano, aumenta a ocorrência de incêndios.
Entre 30% e 21%, é decretado estado de atenção. Se a umidade fica abaixo dos 20% e até 12%, a cidade entra em estado de alerta. Com menos de 12%, é decretado estado de emergência.

Estado de Atenção: entre 21% e 30%
- Consumir água à vontade;
- Ter uma alimentação mais leve, com frutas e verduras e carnes brancas;
- Evitar banhos quentes;
- Hidratar a pele;
- Usar roupas leves, de preferência de algodão;
- Umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água;
- Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h;
- Evitar queima de lixo e entulhos.
Estado de Alerta : entre 12% e 20%
- Usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas;
- Consumir água à vontade;
- Umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água;
- Evitar aglomerações em ambientes fechados;
- Não fazer exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 17h.
Estado de Emergência: abaixo de 12%
- Seguir as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
- Interromper qualquer atividade ao ar livre entre 10h e 17h, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc;
- Durante as tardes, manter os ambientes internos úmidos, principalmente quartos de crianças, hospitais, etc.
- Busque mais informações junto à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros.