“Não se substitui a história”, diz Carlos Portilho ao tomar posse no Senado

Carlos Francisco Portinho, primeiro suplente do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), foi empossado como senador na terça-feira dia 03. Ele assume a vaga devido ao falecimento do senador no dia 21 de outubro após complicações causadas pela covid-19.
Portilho é advogado, tem 47 anos, é formado pela PUC-RJ, e especializado em direito desportivo. Carlos Francisco Portinho foi vice-presidente jurídico do Flamengo e também advogou para clubes como Fluminense, Cruzeiro, Atlético Mineiro, São Paulo, Santos e Palmeiras. Trabalhou como professor universitário e atualmente, é sócio da Stockler Macintyre e Portinho Advogados.
Carlos Portinho, ocupou dois cargos públicos em seu Estado: foi secretário municipal de Habitação da capital fluminense, na gestão de Eduardo Paes, e secretário estadual de Meio Ambiente, no governo Luiz Fernando Pezão. Em 2016 concorreu a cargo de vereador no Rio, recebeu sete mil votos, mas não conseguiu se eleger.

Portinho tem experiência no Congresso. Ele foi assessor parlamentar do ex-deputado Indio da Costa (PSD-RJ), colaborando na assessoria do relatório dele para a Lei da Ficha Limpa. O senador declarou patrimônio de R$ 2,5 milhões à Justiça eleitoral em 2018.
Em sessão virtual do Senado Federal, o novo representante do Rio de Janeiro no Senado Federal, Carlos Portinho, ressaltou a importância política do senador Arolde de Oliveira. “Não me assusta o Senado. Assusta-me substituir o senador Arolde de Oliveira, porque não se substitui a história”,disse emocionado.

“O senador Arolde se insere para sempre no rol dos grandes homens públicos deste país. Esteve na vanguarda das comunicações, contribuindo decisivamente para o avanço tecnológico do Brasil. Tornou-se grande referência no setor. Se hoje estamos vivendo o novo mundo virtual, o celular na mão de cada brasileiro, devemos muito a ele, uma pessoa doce, mas convicta das suas posições. Defensor dos valores da família e da pátria. Homem de Deus, está hoje ao seu lado, junto com Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, expoentes da política brasileira, que, como ele, contribuíram para a construção do nosso país”, declarou Carlos Portinho.

Portinho deverá permanecer no Senado até 2026, quando se encerra o mandato de oito anos para o qual a chapa foi eleita em 2018. Ele é o primeiro suplente de Arolde. “Eu prometo concluir o seu mandato com a honra e o respeito a todo cidadão brasileiro”, declarou o senador do Rio de Janeiro.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, fez referência à carreira política de Arolde e cumprimentou familiares do ex-senador. O governador interino do Rio, Cláudio Castro (PSC), foi uma das poucas presenças físicas na posse. Os demais senadores participam da sessão por videoconferência.
“Quero cumprimentar os familiares do senador Arolde e cumprimentar Vossa Excelência. Sei que será uma grande missão honrar o mandato que o povo do estado do Rio de Janeiro deu a Vossa Excelência. Tenho certeza de que Vossa Excelência assume o mandato com esse espírito de resgatar a memória e as lutas do senador Arolde no exercício do mandato de senador da República”, afirmou o presidente do Senado Davi Alcolumbre.
Fotos: Jefferson Rudy/Agência Senado