Yeltsin Jacques conquista o 100º ouro do Brasil em Paralimpíadas e com recorde mundial

Yeltsin Jacques conquistou medalha de ouro nos 1.500m T13, o centésimo ouro brasileiro em Paralimpíadas e com direito a recorde mundial no Estádio Olímpico de Tóquio. O atleta brasileiro, acompanhado pelo guia Antônio Carlos dos Santos, o Bira, liderou de ponta a ponta e terminou a prova com o incrível tempo de 3min57s60, muito à frente do segundo colocado.
Esta marca consagra a evolução e o talento dos atletas paralímpicos brasileiros e Yeltsin Jacques escreve seu nome na história do esporte brasileiro.

“Hoje de manhã o Bira me falou isso, e me deu motivação: “Ó, a gente tem chance de fazer história mais uma vez, centésimo ouro do Brasil na história das Paralimpíadas”. Eu falei: “É por duas coisas. Primeiro, para subir o Brasil no quadro de medalhas; e segundo, é para construir essa história”, disse Yeltsin em entrevista à SporTV.
O japonês Shinya Wada, chegou quase oito segundos depois de Yeltsin Jacques com o tempo de 4min05s27, seguido por Fedor Rudakov, do Comitê Olímpico Russo, que correu a prova em 4min05s55.

O brasileiro subiu ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. O primeiro ouro foi nos 5.000m T11.
Ser atleta paralímpico é se superar constantemente, jamais desistir e persistir apesar dos desafios que são muitos. Parabéns Yeltsin Jacques e seu guia Antônio Carlos Santos e obrigada por orgulhar o nosso país.

Cem vezes Brasil
O Brasil começou a participar dos Jogos na sua quarta edição, em Heidelberg, em 1972. Mas só estreou no lugar mais alto do pódio em 1984, com a vitória de Marcia Malsar nos 200m rasos C6. E dos cem ouros, 83 se dividem entre duas modalidades: 47 no atletismo e 36 na natação. Foi nas piscinas, inclusive, que se consagrou o atleta que mais fez o hino brasileiro ser tocado, Daniel Dias, 14 vezes campeão paralímpico.
Fotos: Kiyoshi Ota/Getty Images