Gilson Dipp, ministro aposentado do STJ, morre aos 78 anos em Brasília

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Gilson Dipp, ministro aposentado do STJ, morre aos 78 anos em Brasília


É com pesar que registro o falecimento do ministro aposentado Gilson Dipp, ex-vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, aos 78 anos. Ele faleceu em Brasília nesta terça-feira, 29 de novembro.


Dipp era gaúcho de Passo Fundo-RS e deixa esposa e três filhos. Nossa solidariedade aos familiares, amigos e colegas do respeitado jurista.


O magistrado aposentado do STJ em setembro de 2014,
era conhecido pelo temperamento afável e cordial. Dipp foi o primeiro coordenador da Comissão Nacional da Verdade. Instalado em 2012, pelo governo de Dilma Rousseff, o colegiado tinha a missão de investigar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, durante a ditadura militar.


Após se aposentar, ele passou a atuar na advocacia e manteve um escritório em Brasília. Nesse período, advogou para políticos que tiveram problemas com a Justiça.

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Ministro Gilson Dipp, do STJ e coordenador da Comissão Nacional da Verdade


Várias personalidades se manisfestaram após a notícia do falecimento do magistrado. Dentre elas, a presidente do STF, ministra Rosa Weber o ministro do STF Gilmar Mendes, ministro Luis Felipe Salomão, do STJ, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, o senador eleito Flávio Dino, dentre outros.


A ministra Rosa Weber, presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, lamentou o falecimento do ex-corregedor nacional de Justiça. Ela fez uma retrospectiva da trajetória profissional do magistrado na abertura da 64ª Sessão Extraordinária do Conselho. “Estou em tristeza imensa porque acabei de ter a notícia do falecimento do meu querido amigo, ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp. É com enorme pesar que faço esse registro do falecimento do ministro nesta terça-feira, dia 29”, disse a ministra.


O corregedor nacional de Justiça,
ministro Luis Felipe Salomão, aderiu à homenagem realizada pela presidente e afirmou que o STJ também prestará homenagem à memória do falecido ministro. “Tendo o ministro sido corregedor e a senhora tendo falado por todos nós, fica aqui o registro também da Corregedoria pelas suas palavras de conforto”.

“Registro meu pesar pelo falecimento do Min. Gilson Dipp, grande magistrado, professor e advogado. Dipp colecionou inúmeras conquistas em sua longa e exemplar trajetória, a exemplo da sua atuação como um dos maiores Corregedores do CNJ. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, declarou o ministro do STF Gilmar Mendes.

“Lamento o falecimento de Gilson Dipp, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dipp era advogado, foi professor de direito e obteve uma respeitada carreira na magistratura, ocupando cargos fundamentais no Judiciário. Meus sentimentos à família e aos amigos”, declarou o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional.

No Twitter, o senador eleito Flávio Dino prestou homenagem a Dipp. “Um grande amigo que tive na Magistratura, onde ele atuou com seriedade e verdadeiro compromisso patriótico”, escreveu. “Minhas homenagens à memória do ministro Gilson Dipp, do STJ, que hoje partiu para o Reino. Um grande amigo que tive na Magistratura, onde ele atuou com seriedade e verdadeiro compromisso patriótico”.


O jurista se formou em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1968, quando iniciou uma carreira de duas décadas como advogado.


Em 1989, entrou para a magistratura como juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, nomeado pelo presidente da República.


Presidente do TRF-4 entre 1993 e 1995, Dipp tornou-se ministro do STJ em junho de 1998. No Tribunal, foi presidente da 5ª Turma (2002 a 2004), corregedor nacional de Justiça (2008 a 2010) e vice-presidente da corte (2012 a 2014). Entre os anos de 2011 e 2013, foi ministro do TSE.


Gilson Dipp foi também professor de direito civil da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O ministro foi o criador das varas especializadas em crimes de corrupção, entre outras valiosas contribuições ao Judiciário brasileiro.

Siga em Paz e com a proteção de Nossa Senhora.


Fotos: Reprodução