Rafaella Pinheiro Cesario lança obra sobre Direitos Humanos na Biblioteca do Senado

A Biblioteca do Senado Federal foi palco do lançamento do livro “Inédito-viável no Consultório na Rua: a (com)vivência como Práxis Em e Para Direitos Humanos”, da Mestre em Direitos Humanos e Cidadania pela Universidade de Brasília Rafaella Pinheiro Cesario.

A sessão de autógrafos, no dia 14, foi aberta pela locutora Marluci Ribeiro, da Rádio Senado e contou com a presença da psicóloga Lúcia Pulino, responsável pelo prefácio da obra literária, autoridades, colegas, amigos e familiares.



A obra é fruto da dissertação de mestrado em Direitos Humanos da autora pela Universidade de Brasília e relata a política pública de saúde para pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Essa é uma política muito especial, porque visa atender aos moradores de rua na própria rua. Depois de fazer esse tipo de clínica, a céu aberto, e ouvir essas histórias de violação, mas de resistência, eu quis compartilhar um pouco disso”, disse a autora Rafaella.

Rafaella agradeceu a todos que estiveram ao seu lado no desenvolvimento do seu trabalho. “Estou muito feliz e honrada de estar lançando meu livro aqui, no Senado, que é uma casa tão importante em relação aos Direitos Humanos e às políticas públicas. Não poderia ter um lugar melhor para isso”, disse a escritora.


O livro é testemunho não só dos resultados de uma pesquisa, mas de sua trajetória e construção pela articulação entre academia e política; entre sonho, reflexão e ação; e entre a denúncia daquilo que desumaniza e o anúncio de inédito-viáveis que permitem a construção de utopias éticas.

Na obra, a população em situação de rua figura como representante do homo sacer, das vidas indignas de luto e, por isso, sujeitas à morte por tanato e necropolíticas que expressam uma organização sociopolítica de exceção. A exceção, paradoxalmente, dá-se no interior de um “Estado de Direitos”. Deixados à própria sorte, ou seria à morte?


O livro reflete sobre o Consultório na Rua como dispositivo de saúde que possui dimensão documentada, explicitada nas normas, decretos e portarias que o orientam, e que visam garantir direitos por meio da oferta do cuidado em saúde, mas com a qual coexiste a história não documentada, em que este dispositivo concretiza-se e ganha vida.


Com o livro, a escritora busca lançar alguma luz. Luz que permite vislumbrar que, em face da exclusão, da exceção e de políticas de morte, a (com)vivência com o outro desponta como práxis emancipatória.


A obra “Inédito-viável no Consultório na Rua: a (com)vivência como Práxis Em e Para Direitos Humanos”, lançado pela Editora Appris está sendo comercializada pela Amazon.com.br.
Fotos: Reprodução