Noites mal dormidas prejudicam o equilíbrio do organismo
Dormir bem é vital para a saúde. É durante este intervalo que o corpo fortalece o sistema imunológico, libera a secreção de hormônios e consolida a memória, entre outras funções de extrema importância para o funcionamento correto do organismo. O indicado é dormir de 6 a 8 horas por dia, sem interrupções.
Dormir menos do que o necessário em uma noite afeta concentração e sistema imunológico e os malefícios não param por aí. O sistema de defesa do nosso corpo está intimamente ligado ao ciclo do sono. Muitos estudos têm mostrado que a privação de sono mesmo que por um dia faz nossas células de defesa (células T) e natural killers (NK) caírem. E mais a privação de sono pode aumentar os riscos de você ter uma hipertensão, AVC, diabetes, depressão ou mesmo engordar.
Os otorrinolaringologistas e médicos especialistas em sono dizem que cada pessoa tem necessidade distinta: para alguns seis horas é o suficiente, para outros é nove horas. O horário ideal é aquele em que a pessoa acorda com a sensação de que dormiu bem. O problema é que a maioria da população dorme pouco e mal. Estudos mostram que o déficit é de 2 a 3 horas a menos do que precisa.
Dormir menos que o necessário pode causar: cansaço e dificuldade de concentração; aumentar a chance de acidentes no trânsito; esquecimento de palavras ou tarefas; descontrole emocional; compromete a aparência e causa mau humor.
Há algum tempo os médicos já sabem que é durante a noite que nós fixamos a memória: as lembranças do dia se fixam nesse momento. Por isso mesmo, com uma noite mal dormida, já é possível sentir os efeitos.
Pouco sono ou sono de má-qualidade esta relacionado a uma redução na produção do hormônio de crescimento GH, que é fundamental para a renovação celular, prevenindo o envelhecimento precoce da pele e o acúmulo de tecido adiposo. Além disso, a liberação de cortisol, devido à redução de tempo dormindo, ocasiona uma deterioração mais rápida do colágeno.
Compromete o controle emocional proporcionando mais ataques de raiva e tristeza no dia a dia, mesmo após apenas uma noite pouco dormida.
Estudo feito com 15 homens e publicado na revista científica Sleep, mostrou que apenas uma noite mal dormida estava ligada a sinais de perda do tecido cerebral. Os cientistas constaram isso por meio dos níveis no sangue de duas moléculas do cérebro, que normalmente aumentam após algum dano neste órgão.
De acordo com o professor de Neurologia e Medicina do Sono, Alan Luiz Eckeli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, noites mal dormidas estão relacionadas com o uso constante do celular ao deitar.
“O comportamento é comum na vida moderna, mas o hábito afeta a qualidade do sono e pode causar nervosismo e redução da atenção e da memória”. Segundo o médico a emissão de luz das telas dos smartphones, reduz a liberação do hormônio melatonina e a pessoa demora mais para dormir.

Com tantos problemas associados com as noites mal dormidas é bom investir em uma boa noite de sono. Dormir é como se alimentar e matar a sede: é uma necessidade fisiológica que impacta diretamente no organismo. Por isso, vamos valorizar o descanso.