É êxito: Cármen Lúcia Antunes Rocha
A mineira Cármen Lúcia Antunes Rocha, ministra do Supremo Tribunal Federal, é a nossa homenageada deste domingo. “A toga não é minha, a toga é do Brasil, ela tem que se submeter a Constituição”, lembra sempre a magistrada e professora universitária.
A ministra honrou as mulheres quando comandou a Corte e o Conselho Nacional de Justiça de 2016 a 2018. Depois quando exerceu os cargos de ministra e presidente do Tribunal Superior Eleitoral e quando foi Presidente Interina do Brasil durante as viagens do então presidente Michel Temer.

A mineira de Montes Claros, nascida no dia 19 de abril de 1954,se formou em Direito pela Pontífica Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) em 1977. É mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especializada em Direito de Empresa pela Fundação Dom Cabral.
Cármen Lúcia Rocha foi advogada, promotora e ocupava o cargo de procuradora-geral de Minas Gerais quando foi indicada pelo então presidente Luíz Inácio Lula da Silva, ao STF em 2006. Na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, foi aprovada por unanimidade. Na votação secreta em plenário, dos 56 presentes, apenas um ficou contra a indicação.

No Supremo Tribunal Federal a ministra Cármen Lúcia sempre agiu de forma discreta, tranquila, evitando polêmicas e confrontos com os colegas. Quando precisa age com firmeza como quando assumiu a presidência do STF em setembro de 2016. A magistrada enfrentou crises políticas, julgamentos polêmicos e a guerra de vaidades com desenvoltura e sabedoria.
A ministra Cármen faz parte da ala que proporciona respostas mais rápidas para as demandas da sociedade. Em 2015, ganhou respeito entre os defensores da liberdade de expressão, ao rechaçar a possibilidade de censura prévia a biografias. Os benefícios que engordam os salários de magistrados é um assunto caro a ministra.
Quando assumiu a presidência do Conselho Nacional de Justiça, determinou em agosto de 2017, que os tribunais de todo o país tornassem públicos os gastos com folha de pessoal, de forma a dar transparência a pagamentos que elevam os salários acima do teto constitucional do serviço público.
Cármen Lúcia é uma mulher religiosa, simples, solteira e sem luxo. A ministra dirige o próprio carro. Carro oficial apenas a trabalho e como trabalha. Esta dedicação começou na infância quando estudou em um internato de freiras. É defensora ferrenha da moralidade e do preconceito contra as mulheres.
A ministra tem um belo trabalho em prol da democracia e na defesa das minorias. Um ser humano incrível que respeita a separação entre o público e o privado e que zela pelo cumprimento da Constituição do país. Um exemplo de que o bem sempre vence o mal. Cármen Lúcia Antunes Rocha é êxito.